Quando aprendemos a dizer “não” para aquilo que nos desgasta ou nos desvaloriza, também estamos dizendo “sim” para o que realmente importa para nós.
Na psicologia junguiana, conhecer e respeitar nossos limites é fundamental para o nosso processo de individuação, já que somente assim estamos sendo fiéis a nós mesmos e preservando nossa saúde mental.
Muitas vezes, sentimos uma pressão interna para evitar conflitos, preocupados com o impacto que nosso “não” pode ter sobre os outros. No entanto, não é nosso papel poupar o outro de frustrações, se isso significar que estamos sempre nos sentindo invadidos por não saber impor essas barreiras. Se a pessoa não tem maturidade de lidar com um “não”, essa é uma oportunidade para ela aprender a respeitar os limites alheios.
Por outro lado, é igualmente importante respeitar os “nãos” dos outros. Quando não conseguimos respeitar nossos próprios limites, podemos invadir os dos outros, não aceitando suas limitações. Respeitar o “não” do outro é reconhecer sua autonomia e o direito que ele tem de decidir o que é melhor para si. Esse respeito mútuo é fundamental para relações saudáveis, onde cada um sabe que sua individualidade é valorizada e protegida.
Não se trata de dizer “não” para tudo, mas de restringir aquilo que ultrapassa nossos limites e aqueles que não respeitam nossas regras. Quando dizemos “sins” demais, ensinamos os outros a nos desrespeitar.
Aprender a dizer e a ouvir “não” não é fácil, mas saber lidar com os nossos limites e com os dos outros é um forte indicador de maturidade.