As festas de final de ano são um dos períodos mais nostálgicos para nós, imigrantes. Sim, já estamos acostumados a perder as festas de aniversário, casamentos, nascimentos… mas parece que o Natal tem um peso diferente.

Acompanhamos à distância os preparativos para as festas, ficamos sabendo dos presentes que serão trocados e ouvimos sobre as reuniões programadas. Conseguimos até visualizar como serão as comemorações, qual vai ser a programação, quem vai contar mais piadas, e até quais pratos serão servidos.

As tradições que conhecemos tão bem serão celebradas mais uma vez sem a nossa presença física. As nossas pessoas queridas estarão juntas, compartilhando risadas e criando novas memórias, mas o nosso lugar ao lado deles estará vazio – símbolo visível da nossa ausência.

Por outro lado, morando longe, aprendemos a criar nossas próprias tradições, ganhando a liberdade de poder moldá-las de forma a refletir melhor a pessoa que nos tornamos. Descobrindo as nossas reais preferências, podemos escolher quais aspectos da nossa cultura manter e quais novas tradições integrar na nossa vida.

Para quem está longe da terra natal, a saudade de casa se intensifica nessa época do ano. Mesmo assim, apesar da nostalgia, vamos escrevendo nossa própria história e formando uma nova conexão com as festas de final de ano.