Como vim morar na Alemanha

A resposta curta é: meu marido encontrou uma vaga de emprego em Munique, e eu, uma filha de dois anos e outra de um mês viemos junto com ele.

Entrando um pouco mais em detalhes, eu sempre tive vontade de morar fora do Brasil, e essa vontade se intensificou depois de eu fazer intercâmbio: primeiro nos EUA, depois na Alemanha e por último na França. Então, quando surgiu uma oportunidade de mudança, agarramos.

Para ser bem honesta, eu nunca tinha cogitado morar na Alemanha. Eu falava, além de português, inglês, espanhol e francês, e logicamente preferiria um país cuja língua eu dominasse. Mas a vida tem dessas.

O início foi difícil demais, com burocracias sem fim, com duas bebês em casa, sem falar o idioma e sem ajuda nenhuma. Sentia falta da minha família e dos meus amigos, não sabia como as coisas aqui funcionavam e sentia ansiedade quando tentava falar alemão. Tive depressão e me vi no fundo do poço, mas, como dizem por aí: quando a gente está no fundo, o único caminho é para cima.

Estudei muito (mesmo!), me reinventei várias vezes, criei novos laços e aos poucos aprendi a lidar com a Alemanha. Não tive outra opção além de ser forte.

Não sei por mais quanto tempo ficaremos por aqui nem se a Alemanha é meu destino final. Só sei que agora está tudo bem, e é isso que importa.